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terça-feira, março 01, 2011

Terremoto revela 'cápsulas do tempo' na Nova Zelândia


O terremoto da semana passada na Nova Zelândia, que afetou principalmente a cidade de Christchurch (centro-sul do país), revelou dois objetos antigos que estão sendo considerados verdadeiras “cápsulas do tempo”.
Os objetos – uma garrafa de vidro com um papel dentro dela e um cilindro de metal - foram encontrados por equipes de resgate de vítimas do terremoto no terreno da catedral da cidade e entregues a um museu.
Eles estavam na base de uma estátua de John Robert Godley, considerado o fundador de Christchurch.
A estátua de bronze inaugurada em 1867, que ficava do lado de fora da catedral, foi derrubada de seu pedestal pelo terremoto. Um operador de guindaste encontrou os dois objetos dentro do pedestal.
Conteúdo misterioso
Segundo o jornal neozelandês The Press, os objetos podem ter sido colocados dentro do pedestal em várias ocasiões: quando a estátua de Godley foi inaugurada, quando a estátua foi retirada de lá, em 1918, ou quando voltou para o local em 1993.
Duas palavras em inglês são visíveis no pergaminho dentro da garrafa de vidro: by (por) e erected (erguido). No entanto, a garrafa só será aberta por especialistas e examinada em um ambiente onde a umidade seja controlada.
O conteúdo do cilindro de metal ainda não foi revelado.
O prefeito de Christchurch, Bob Parker, sugeriu que os objetos podem conter documentos que esclarecem fatos sobre as vidas dos fundadores da cidade.
O diretor do museu para onde os objetos foram levados, Anthony Wright, afirmou que é "comovente" que a garrafa e o cilindro de metal tenham sido descobertos na semana seguinte ao terremoto.
Também há informações de que um terceiro objeto teria sido encontrado nas ruínas da catedral, embaixo de uma cruz que caiu durante o tremor, mas estas informações ainda não foram confirmadas.
As equipes de resgate já recuperaram os corpos de 154 pessoas que morreram no terremoto de 6,3 de magnitude da terça-feira passada em Christchurch, mas a estimativa é de que o número de mortos pode chegar a 240.

FONTE: BBC Brasil

Para EUA, Khadafi está 'delirando' e 'não tem condições de governar'



Horas depois de uma entrevista em que disse ser "amado" pelo seu povo, o líder líbio, Muamar Khadafi, foi qualificado de "delirante" por uma alta porta-voz do governo americano. 
A embaixadora dos Estados Unidos junto à ONU, Susan Rice, disse na segunda-feira que Khadafi está "distante da realidade" e "não tem condições de governar".
Horas antes, o líder líbio concedeu entrevista aos jornalistas Jeremy Bowen, da BBC, e Christiane Amanpour, da rede ABC, afirmando ser amado pelo povo líbio.
"Eles me amam, todo o meu povo me ama. Todos eles. Eles morreriam para me proteger", disse Khadafi, voltando a repetir que as manifestações em seu país estão sendo causadas pela rede extremista Al-Qaeda.
Para Susan Rice, as declarações de Khadafi "mostram como ele está incapaz de governar e como está distante da realidade".
"Francamente, parece um delírio que ele consiga rir em uma entrevista com um jornalista internacional enquanto massacra seu próprio povo", criticou a embaixadora.
"Isso torna ainda mais importante os passos urgentes que tomamos na semana passada, no plano doméstico e na ONU. E vamos continuar a manter a pressão."

Entrevista
Na entrevista, Khadafi negou que haja protestos contra o governo na capital do país, Trípoli. Ele também voltou a dizer que os manifestantes contra o governo estão drogados e agindo sob influência da Al-Qaeda.
Khadafi riu quando, durante a entrevista, foi sugerida a possibilidade de que ele deixasse a Líbia, e disse se sentir traído pelos líderes mundiais que estão pressionando pela sua deposição, acusando-os de querer colonizar a Líbia.
Questionado se cogita renunciar, ele disse que não tem cargo oficial ao qual renunciar e voltou a insistir que o poder está com o povo.
"Se eles quiserem que eu renuncie, vou renunciar do quê?", disse Khadafi, que está no poder desde 1969.
Ele disse também que ordenou a seus partidários que não atirassem contra os manifestantes.

Pressão
Mais cedo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, exortou o líder líbio a "sair já" do poder.
Clinton acusou o líder líbio de usar "mercenários e bandidos" para atacar civis desarmados e de executar soldados que se recusaram a alvejar seus concidadãos.
Desde que conseguiu retirar a maioria dos americanos da Líbia, o governo do presidente Barack Obama está intensificando a pressão contra o regime de Khadafi.
Na segunda-feira o Departamento do Tesouro americano disse ter bloqueado bens de Khadafi e de sua família, no valor de US$ 30 milhões. O subsecretário do Tesouro para terrorismo, David Cohen, afirmou que a quantia foi a maior já bloqueada pelo órgão.
A ordem de congelar os bens havia sido assinada por Obama na sexta-feira, em resposta à violenta repressão aos protestos.
Além disso, o Pentágono ordenou um reposicionamento das forças militares americanas na região. As principais bases do EUA se localizam no sul da Itália.
Segundo o Pentágono, o reposicionamento permitirá "mais flexibilidade no momento em que decisões forem tomadas".
Horas antes, governos de diversos países condenaram a violência do regime contra os manifestantes que têm saído às ruas da Líbia nas últimas duas semanas, e a União Europeia aprovou sanções e um embargo na venda de armas contra o país norte-africano.
No sábado, outras sanções haviam sido impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Há relatos de centenas de mortos em confrontos no país, em um momento em que o líder líbio está acuado e sem o controle de parte das cidades do leste da Líbia.

FONTE: BBC Brasil